
Os métodos envolvem técnicas analíticas clássicas, por via úmida, como a gravimetria, a titulometria, a potenciometria e métodos microanalíticos como a cromatografia de íons.
O método gravimétrico aplicado ao cloreto consiste em pesa a quantidade de cloreto de prata precipitado da solução de cloreto, não é adequado para baixos teores de cloretos, como o que ocorre no concreto, e também por estar presente em uma solução concentrada em relação a outros íons que impurificariam o precipitado formado.
A titulometria, antigamente conhecida como análise volumétrica, refere-se à análise quantitativa executada através da determinação do volume da solução, cuja concentração é conhecida para reagir quantitativamente com a solução da substância a ser determinada. A conclusão da titulação é visualizada com a utilização de uma outra substância conhecida como indicador. O ponto final da titulação é quando o indicador produz mudança visual na solução que está sendo titulada.
A potenciometria consiste em medir a diferença de potencial entre dois eletrodos, um eletrodo de referência, de potencial conhecido, e um eletrodo indicador cujo potencial depende da concentração de uma espécie iônica em solução. Essa prática é denominada potenciometria direta, sujeita a incertezas. Na titulação potenciométrica não são necessários valores valores absolutos de potenciais, mas os valores dos potenciais feitas ao mesmo tempo que transcorre a titulação. A titulação potenciométrica é o método adotado pela ASTM para a determinação de cloreto total em concreto, segundo a norma ASTM C 1152 (1999), e do cloreto solúvel em água, para cimento, mas também aplicável para concreto, segundo a norma ASTM C 114 (1999).
A ABCP – Associação Brasileira de Cimento Portland adota os métodos ASTM de potenciometria direta com utilização de eletrodo íon seletivo para cloreto. A dificuldade maior está na coleta e preparo da amostra, existindo prática padronizada. A distribuição do cimento no concreto é heterogênea em, consequentemente, o teor de cloreto expresso em massa de concreto é bastante disperso para diferentes amostras, mesmo de pontos próximos de uma estrutura. A prática adotada é expressar-se o teor de cloreto expresso em relação ao cimento. Para isso, essa determinação é complementada pela determinação do teor de cimento, calculado a partir do teor de resíduo insolúvel.
Conhecendo-se o consumo de cimento do concreto é possível expressar esse resultado em massa ou em volume de concreto.